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đŸš«đŸ­ ReflexĂŁo sobre a sanha neoliberal que acomete o Rio Grande do Sul đŸŒŠâš ïž

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Texto original de Flavio Barollo e Wellington Tibério


O QUE DE FATO PODE SE FAZER PELO RIO GRANDE DO SUL?

AlĂ©m da assistĂȘncia que precisa ser dada a todas as famĂ­lias atingidas pelas cheias no Rio Grande do Sul para reconstruir suas vidas, que Ă© urgente, a gente precisa ir ao cerne da questĂŁo, que Ă© combater o sistema econĂŽmico devorador de ecossistemas, a lĂłgica desenvolvimentista e as escolhas polĂ­ticas neoliberais. A urgĂȘncia climĂĄtica de hoje em dia nĂŁo tolera mais polĂ­ticas anti-meio ambiente e anti leis ambientais. Ter um discurso em favor da natureza aparentemente pode ser defendido por todo mundo, mas Ă© preciso notar nas entrelinhas o que Ă© maquiagem e o que de fato sĂŁo açÔes em defesa do planeta. Deveria ser decretado o fim da carreira polĂ­tica de muitos que representam o atraso, representantes do agronegĂłcio, do setor industrial e extrativismo mineral, etc. Eduardo Leite, no começo de seu mandato, flexibilizou o CĂłdigo Ambiental do Estado do Rio Grande do Sul, que foi criado em nove anos de discussĂ”es com especialistas, e ele em um ano permitiu por exemplo que cada propriedade se auto declarasse apta quanto Ă s leis ambientais, sem fiscalização alguma, eliminou a obrigatoriedade de estudos de impacto ambiental para obras pĂșblicas, flexibilizou açÔes econĂŽmicas no solo do Pampa sem autorização do ĂłrgĂŁo ambiental, permitindo degradação de ĂĄreas naturais e habitats de espĂ©cies nativas, flexibilizou manejo de Áreas de preservação permanente  (APPs), manejo de florestas nativas e ĂĄreas de conservação no Estado, que ajudam justamente a prevenir a erosĂŁo, protegem cursos d'ĂĄgua e conservam a biodiversidade, fauna, flora, enfim, uma lista enorme de erros e mais erros. Essa flexibilização libera construçÔes em ĂĄreas que alagam, eliminam vegetação que poderia drenar a ĂĄgua e tornar o solo menos propenso a deslizamentos, incentivam o desmatamento e diminuem a capacidade de fiscalização.

Essas açÔes prejudicam, obviamente, a mitigação natural e ambiental de possíveis tragédias que estão se intensificando neste século XXI.

Eduardo Leite privatizou por exemplo em 2019 trĂȘs empresas antes estatais, a CEEE (Companhia Estadual de Energia ElĂ©trica), SulgĂĄs e a Companhia Riograndense de Mineração, mesmo caminho do governador TarcĂ­sio em SĂŁo Paulo, com EMAE, Sabesp.

A prefeitura de Porto Alegre jĂĄ hĂĄ algum tempo tem recebido denĂșncias de sucateando e redução de quadro de funcionĂĄrios do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) da cidade com o objetivo de mostrar que o Estado Ă© “ineficiente” e que, portanto, Ă© preciso Privatizar a empresa. 

Curioso que o Governador de SĂŁo Paulo mandou ajuda para o Rio Grande do Sul por meio da Sabesp, o que sĂł Ă© possĂ­vel enquanto a mesma ainda Ă© pĂșblica. Logo ela deixarĂĄ de ser, e sua administração se darĂĄ apenas pautada pelo lucro. A Enel privatizada por exemplo nĂŁo fez nada no Rio Grande do Sul.

Esse pensamento neoliberal precisa ser atacado, nĂŁo tem mais espaço para esse tipo de polĂ­tica, porque nĂłs que nĂŁo somos investidores, donos das empresas, fazendeiros, nĂŁo fazemos parte da elite do capital, nĂłs somos pessoas propensas a nos tornarmos refugiados climĂĄticos, atingidos e atingidas pelas tragĂ©dias climĂĄticas, como estĂĄ acontecendo com a população dessas cidades do Rio Grande do Sul alagadas. As populaçÔes, principalmente as mais pobres, ficam muito expostas. A falta de polĂ­ticas pĂșblicas, de moradias dignas e seguras, bem como a garantia de leis ambientais e mitigação de catĂĄstrofes, fazem com que as tragĂ©dias climĂĄticas atinjam exatamente a população mais vulnerĂĄvel. Racismo ambiental e injustiças socioambientais. O agronegĂłcio destrĂłi a natureza e acumula a riqueza gerada com a expansĂŁo das monoculturas e pastagens, a tragĂ©dia ecolĂłgica vem e atinge principalmente os mais pobres, versĂŁo contemporĂąnea do princĂ­pio capitalista de apropriação privada do lucro e socialização do prejuĂ­zo. O Governo Federal destinando bilhĂ”es para a reconstrução do Estado.

É o mesmo princĂ­pio dos crimes praticados em Mariana e em Brumadinho, Ă© o mesmo descaso como o ocorrido em SĂŁo SebastiĂŁo. A Vale destrĂłi, fica impune, e depois finge reparação e compensação econĂŽmica pelas vidas e da destruição ecolĂłgica. Prioriza-se a expansĂŁo da exploração, o atendimento ao mercado de capitais, o lucro de investidores, e a vida das pessoas atingidas depois se tenta reparar de algum jeito, como se isso fosse possĂ­vel. O dinheiro que surge apĂłs as tragĂ©dias tinha que surgir antes, para evitar o absurdo. 

Nesse cenĂĄrio Ă© preciso que haja uma revolta popular no Ăąmbito ambiental, em prol do encerramento da carreira de polĂ­ticos como Eduardo Leite, TarcĂ­sio, tantos outros no Congresso que representam o atraso aprovando leis que promovem a destruição ambiental. NĂŁo haverĂĄ crise de consciĂȘncia para essa classe. Enquanto a gente nĂŁo entender que o prĂłximo refugiado climĂĄtico seremos nĂłs e que a gente precisa de uma nova mentalidade polĂ­tica ecossocialista, continuaremos arrasando vidas, destruindo a nossa condição de existĂȘncia atĂ© a extinção da espĂ©cie. Se uma mudança radical nĂŁo acontecer, mesmo, quem ganha com esse sistema, cedo ou tarde, perderĂĄ.


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Nas redes sociais:



đŸš«đŸ­ ReflexĂŁo sobre a sanha neoliberal que acomete o Rio Grande do Sul đŸŒŠâš ïž

A partir de texto de Flavio Barollo e Wellington Tibério, no nosso blog (link na bio)!


đŸŒŠâš ïž AlĂ©m da assistĂȘncia urgente Ă s famĂ­lias afetadas pelas cheias no RS, precisamos combater o sistema econĂŽmico que devora ecossistemas e as polĂ­ticas neoliberais. A urgĂȘncia climĂĄtica nĂŁo tolera mais essas polĂ­ticas anti-meio ambiente.


đŸš«đŸ­ No inĂ­cio de seu mandato, Eduardo Leite flexibilizou o CĂłdigo Ambiental do RS, eliminando fiscalizaçÔes e estudos de impacto. Isso permitiu a degradação de ĂĄreas naturais e habitats, prejudicando a mitigação de tragĂ©dias ambientais.


💡🌿 PrivatizaçÔes de empresas essenciais, como CEEE, SulgĂĄs e Companhia Riograndense de Mineração, seguem a mesma lĂłgica. A prefeitura de Porto Alegre tambĂ©m sofre com o sucateamento do DMAE, visando justificar a privatização.


🏱🛑 A falta de polĂ­ticas pĂșblicas e moradias seguras expĂ”e as populaçÔes mais vulnerĂĄveis Ă s tragĂ©dias climĂĄticas, evidenciando o racismo ambiental e injustiças socioambientais. O agronegĂłcio destrĂłi a natureza e enriquece poucos, enquanto os mais pobres sofrem.


💬✊ É urgente uma revolta popular para encerrar a carreira de políticos que promovem a destruição ambiental. Precisamos de uma nova mentalidade política ecossocialista. Se não agirmos, todos perderemos.


Roteiro do vĂ­deo:

- Introdução às Enchentes

- CrĂ­tica ao Sistema EconĂŽmico

- Flexibilização do Código Ambiental

- PrivatizaçÔes

- Fala neoliberal de Eduardo Leite sobre doaçÔes

- ConsequĂȘncias para PopulaçÔes VulnerĂĄveis

- Tragédias da Vale

- Chamado à Ação


🔄 Esta Ă© a hora de exigir mudanças, de promover uma revolta popular no Ăąmbito ambiental e de encerrar as carreiras de polĂ­ticos que negligenciam nosso futuro. NĂŁo seremos os prĂłximos refugiados climĂĄticos! ✊🌍

 
 
 

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